sexta-feira, 13 de julho de 2012
Projeto de Cidade Universitária no Amazonas custará R$ 300 milhões
Projeto de Cidade Universitária no Amazonas custará R$ 300 milhões
Área será de 13.000.000m² será construída em Iranduba.
Investimentos da obra estão orçados em R$ 300 milhões.
Adneison Severiano Do G1 AM
Projeto da Cidade Universitária prevê área de 13 milhões de metros quadrados (Foto: Adneison Severiano/G1 AM)
O Projeto inicial da Cidade Universitária da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), que inicialmente terá uma área de 13.000.000m² construídos no município de Iranduba, a 27 km de Manaus, foi lançado nesta quinta-feira (12). A estimativa do Governo estadual é que o orçamento da obra seja de R$ 300 milhões. Além de comportar os cursos e residências da instituição, a Cidade Universitária terá infraestrutura com espaços de lazer, cultura e áreas verdes. A classe acadêmica reclama da não abertura do governo para a participação de servidores, alunos e docentes na elaboração do projeto do novo complexo de ensino.Projetada para abrigar, no primeiro momento, o campus da UEA, a nova cidade foi concebida para possuir espaços residenciais, comércio, serviços públicos, eixos viários, áreas de lazer e de turismo, entre outros elementos.
Cidade Universitária da UEA deve ficar pronta a partir de 2014 (Foto: Adneison Severiano/G1 AM)
Conforme o governador Omar Aziz, está prevista na primeira fase, a implantação de infraestrutura da nova cidade e o complexo universitário com unidades acadêmicas que atualmente funcionam em Manaus e alojamento para 2 mil alunos.
"Só o alojamento para 2 mil alunos que poderão estudar, se alimentar e dormir, voltando mais tarde para os municípios do interior, faz com que a gente sonhe alto com educação. Não é possível fazer desenvolvimento sem conhecimento, espero que as crianças e jovens hoje possam ter oportunidade no futuro. É um empreendimento que visa expandir e consolidar a UEA. Nesse primeiro momento as escolas de tecnologias e saúde com Hospital Universitário e Telemedicina dentro da Cidade Universitária para que possamos atender milhares de amazonenses que não têm acesso a uma consulta especializada", destacou.
Maquete da Cidade Universitária está exposta em um shopping da Zona Centro-Sul de Manaus (Foto: Adneison Severiano/G1 AM)
O projeto prevê ainda um Hospital Universitário, Vila Olímpica, Vila Agrícola e um Centro Tecnológico, além de outros espaços destinados à iniciativa privada, definidos por meio de Plano Diretor para implantação de empreendimentos habitacionais, comerciais e de serviços.
A licitação da primeira etapa esta prevista para ser iniciada no dia 30 de julho. As obras devem ser concluídas no primeiro semestre de 2014. A projeção de investimento somente para infraestrutura na Cidade Universitária é de aproximadamente R$ 100 milhões, sendo R$ 200 milhões para a construção dos prédios, totalizando o investimento de R$ 300 milhões somente do estado.
De acordo com o governo estadual, a Cidade
Universitária contará com investimento público de
R$ 300 milhões (Foto: Adneison Severiano/G1 AM)
O governador do Amazonas ressaltou que os recursos alocados para a construção da Cidade Universitária serão provenientes da venda dos 17% das ações que o estado detém da Companhia de Gás do Amazonas (Cigás).Universitária contará com investimento público de
R$ 300 milhões (Foto: Adneison Severiano/G1 AM)
"Fora a iniciativa privada que é incalculável hoje, porque você vai ter entorno de 3 milhões de metros quadrados para a iniciativa privada, onde haverá zoológico, parques temáticos, resorts, hotéis, corporações, apartamentos e casas verticais. Então é uma coisa que não tenho como hoje mensurar o valor, pois realmente precisamos vê o tipo de construção que vai ser feito e uma série de coisas", explicou Omar Aziz.
Inicialmente, o estado prevê que 12 mil pessoas entre alunos, servidores e professores da instituição, sejam beneficiados com o complexo universitário em Iranduba.
Insatisfação
De acordo com Ricardo Serudo, secretário geral do Sindicato dos Docentes da UEA (SIND-UEA), a elaboração do projeto da Cidade Universitária foi feita sem qualquer consulta da categoria até o momento. "O que existe é uma promessa por parte do Governo do Estado de fazer essa consulta, obviamente esperávamos que essa consulta fosse feita antes da construção do masterplan que já está pronto. Então até que ponto isso pode ser modificado, mas ainda estamos aguardando o momento de se manifestar em relação ao projeto", revelou o professor.
O representante disse ainda que algumas questões relação à mobilidade, cronograma de transferência das unidades para o complexo em Iranduba, a garantia do transporte e moradia não foram esclarecidas. "De que forma vai ser oportunizada a moradia para os professores. Alguns professores questionaram sobre a questão do Campus da Terra, se isso vai ser integrado e a preocupação com a biopirataria", declarou Ricardo Serudo.
Maquete da Cidade Universitária está exposta em um shopping da Zona Centro-Sul de Manaus (Foto: Adneison Severiano/G1 AM)
Ele frisou que a ideia de Cidade Universitária surgiu na própria comunidade acadêmica e resultado de luta dos professores, servidores e discentes. "Numa situação que a sociedade amazonense deve lembrar, que a antiga Reitoria queria enviar a UEA para um campus indigno da Universidade do Estado do Amazonas na área do Puraquequara. Indigno porque o local era muito pequeno e ao lado da fábrica de cimento. Na época, a comunidade se reuniu e foi até o governador Omar Aziz dizendo que queria uma Cidade Universitária, mas não naquela localidade", comentou o secretário do SIND-UEA.Relação às reclamações, o governador Omar Aziz assegurou que a comunidade acadêmica pode ficar tranquila que "as condições serão infinitamente superiores as que elas tem hoje. Então a reclamação é normal, não há unanimidade em nenhum projeto, mas tenha certeza que hoje se você for na Escola Superior de Tecnologia, na de Saúde e na de Ciências Sociais nos temos uma estrutura, no entanto, ainda com muita dificuldade", opinou o chefe do executivo estadual.
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